Capítulo 9
Desenvolvendo um arrependimento eficaz.
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A força do arrependimento não é apenas reconhecer a necessidade de mudança, mas agir de acordo com essa nova compreensão. No entanto, o verdadeiro arrependimento não é uma decisão isolada, mas um processo contínuo de autotransformação. Este processo muitas vezes envolve enfrentar as sombras de nosso passado, nossos medos mais profundos e, por fim, encontrar uma nova direção para nossas vidas.
A vida de Paulo é um testemunho notável desse processo. Antes de sua conversão, ele era conhecido como Saulo e era um perseguidor fervoroso dos cristãos. No entanto, após um encontro direto com Jesus no caminho para Damasco, Saulo se transformou em Paulo, o apóstolo. Esta mudança não foi apenas nominal, mas radical em sua atitude, propósito e missão. Ele passou de perseguidor a proclamador da fé que uma vez tentou destruir.
Pedro, por sua vez, negou Jesus três vezes antes de seu crucificação, mas após o pentecostes, ele se tornou uma das figuras mais proeminentes da igreja primitiva, pregando com ousadia e fazendo milagres em nome de Jesus. Este é um reflexo de um homem que, ao reconhecer seus erros, não se afundou em remorso, mas abraçou o arrependimento e permitiu que Deus o usasse de maneira poderosa.
E João, o "discípulo amado", nos fornece um exemplo de profunda intimidade com Deus, demonstrando que o arrependimento não é apenas sobre se afastar do pecado, mas também sobre se aproximar de Deus e entender o Seu coração.
Por isso, ao refletir sobre o arrependimento, não devemos vê-lo como um fardo ou um ritual, mas como uma oportunidade para nos alinharmos mais intimamente com o propósito divino para nossas vidas. Em última análise, o verdadeiro arrependimento não nos leva apenas a uma transformação pessoal, mas nos capacita a impactar e transformar o mundo ao nosso redor.
Autor: Leonardo Pimentel Menin
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