Capítulo 9 Cultivando a Bondade para com o Próximo Página 82
A bondade, quando é autêntica, emana de um coração transformado. Não é uma capa que vestimos para parecermos bons aos olhos dos outros, mas uma expressão genuína do amor de Deus operando em nós. Essa bondade é diferente de qualquer forma de caridade ou bondade humana, porque é uma bondade que nasce da conexão direta e íntima com o divino.
É a partir dessa conexão que passamos a ver o mundo e as pessoas ao nosso redor através dos olhos de Deus. Passamos a sentir a dor do outro como se fosse a nossa, a alegria do próximo como se fosse nossa. A compaixão se torna um reflexo natural, e não um dever ou obrigação. Ao cultivar essa bondade, percebemos que a generosidade se torna um gesto espontâneo, e o amor ao próximo não é mais um mandamento, mas uma realidade que vivemos dia após dia.
A verdadeira bondade não é seletiva. Ela não escolhe a quem beneficiar ou amar. Ela é indiscriminada e se estende a todos, assim como a luz do sol ilumina todos os cantos da Terra. Afinal, Deus não faz acepção de pessoas, e o amor d’Ele é para todos.
Entretanto, para manifestar essa bondade, precisamos, primeiramente, nos reconectar com nossa essência divina. Precisamos nos purificar dos preconceitos, mágoas, e rancores que impedem o fluir dessa bondade inata. Isso requer introspecção, oração e, muitas vezes, renúncia de nossos próprios desejos egoístas.
Quando nos rendemos ao fluir da bondade divina, nossa vida se torna um testemunho vivo do amor de Deus. As pessoas ao nosso redor começarão a perceber algo diferente em nós – uma luz, uma paz, uma bondade que não se encontra facilmente. E, através dessa manifestação de bondade em nossas vidas, podemos ser instrumentos de transformação no mundo, levando a multiforme sabedoria de Deus a todos os cantos da Terra.
Autor: Leonardo Pimentel Menin
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